quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Pontapé de saída: o Rossio de S. Brás

No contexto eborense, o Rossio de S. Brás - um espaço publico excelentemente localizado e de imenso potencial - constitui uma espécie de eterno mega-paradigma no que respeita à falta de ideias e soluções dos executivos camarários no pós-25 de Abril (não falemos de outros tempos). Ou seja, há mais de 30 anos que «aquilo» está ali. Querem o melhor exemplo do amorfismo, da acefalia e da falta de coragem do poder autárquico eborense? Observem o Rossio de S. Brás.

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O estado em que se encontra o Rossio de S. Brás pode ser basicamente descrito da seguinte forma: local árido, sujo, decadente, alvo de invasões bárbaras cíclicas (o famoso «Mercado da 3.ª Feira», mensalmente, e a Feira de S. João, anualmente), pontuais (paddock de provas de automobilismo, concertos de interesse duvidoso, mostra de automóveis antigos, etc.) ou permanentes (automóveis, automóveis, automóveis).

O Rossio de S. Brás é um cadáver esquisito: enterrá-lo? ressuscitá-lo? incinerá-lo? preservá-lo em formol? Ninguém faz a mais pálida ideia do que fazer, por muito que acenem com projectos de arquitectos famosos, até à data inconsequentes.

Pelo caminho, manifesta-se por aí um grupo a que se poderia dar o nome de "idiotas úteis" (com todo o respeito pelos idiotas) que, dilecta e complacentemente, ajudam a perpetuar esta degradante situação com a suposta autoridade que se lhes atribui. Afirmam, entre outras estupendas barbaridades, que o Rossio deve continuar como está para «preservar a memória do espaço» e que as actividades que ali se desenvolvem, como por exemplo o inefável «Mercado da 3.ª Feira», ajudam o comércio intramuros (!!!).

Só não vê quem não quer. O Rossio de S. Brás merecia melhor sorte. Na situação em que se encontra, é um espaço que envergonha os eborenses, assusta os visitantes e mancha de forma indelével a imagem da cidade (que se quer de qualidade). Quem não perceber isto, não percebe mais nada.

8 comentários:

Anónimo disse...

Excelente!

Anónimo disse...

mais um grande blogue para animar a mais que morta cidade de évora... vamos lá a agitar os adormecidos e os já acordados. força!

Templo do Giraldo disse...

Tá um espaço interessante e que promete aquecer as "linguas" dos Eborenses, fica o registo.

Parabens.

Saudações.

Anónimo disse...

Parabéns pela iniciativa e parabéns pelo primeiro tema.
Efectivamente é deveras trágico a forma como se apresenta este espaço da cidade, percorrido diariamente por milhares de pessoas e veículos!!!

Renato Martins disse...

Do rossio de s. bras so deixo duas recordações: feira de sao joao e os led zeppelin ao vivo. Falou-se ha uns anos em torná.la numa praça e incluir a nova biblioteca publica, seria uma excelente ideia e um passo para evora começar a sair das muralhas

Anónimo disse...

Há muito mais para mostrar desta cidade linda que deixaram moribunda!
Há que acordar destes 7 anos de marasmo, e dar um novo impulso à urbe!

Anónimo disse...

E em boa hora ,desapareceram os Pavilhões ,da dita Reforma Agrária, do Dr Abilío!!

Anónimo disse...

@11:17
E terá sido um BOM ACTO DE GESTÃO retirar os pavilhões sem haver qualquer alternativa?
Serão os pavilhões de plástico, que lá instalam amiúde uma BOA SOLUÇÃO para dignificar a cidade?
Nestes 7 anos, quantas CENTENAS DE MILHARES DE EUROS JÁ PAGOU A CME, só com o alguer, montagem e desmontagem, desses pavilhões de plástico?

Assim não admira que a câmara esteja falida e tenha necessidade de andar a VENDER TERRENOS (primeiro foi o PIC e, agora, vai o terreno das Portas de Aviz) só para pagar os encargos!...
Grandes gestores!