terça-feira, 11 de novembro de 2008

Os despojos do dia

Sobre a feira, ou o mercado, mensal do Rossio de S. Brás, vale a pena colocar aqui, na íntegra, um comentário ao anterior post, da autoria de José:

Sobre este assunto, gostava de saber duas ou três coisas.

A primeira é a seguinte: o que é que a ACDE anda a fazer para pôr cobro a esta concorrência desleal em relação ao comércio tradicional do Centro Histórico?

A segunda é esta: a receita que a CME arrecada deste «mercado» compensa o facto da CME ser conivente com o contrabando de artigos falsificados, com a comercialização de produtos sem factura e com comerciantes ambulantes que fogem descaradamente ao Fisco, ao contrário dos comerciantes do Centro Histórico que têm que pagar impostos, taxas, emolumentos, contribuição autárquica e manter toda uma série de papelada burocrática em ordem (o horário de funcionamento, a licença de utilização, o quadro de pessoal, etc. etc.) sob pena de serem multados e incomodados?

A terceira e última: não acham que a desculpa de que há gente com muitos baixos rendimentos que não tem outra opção para se vestir senão o recurso a este tipo de «mercados» é completamente hipócrita e cretina, visto que há sítios em toda a cidade de Évora com roupa tão ou mais barata que a que se pode encontrar no «mercado»?

Haja vergonha e, acima de tudo, justiça!!

mercado1
mercado2

10 comentários:

Anónimo disse...

Completamente de acordo!
Para além da javardice realizada nestes dias, com a complacencia da CME, do comercio de artigos contrafeitos à vista de todos, e da "ajuda" ao comercio legalizado e com os impostos pagos, a manutenção deste mercado apenas contribui para haver argumentos a favor da manutenção daquele espaço moribundo e terceiro mundista!
O mercado do Roque Santeiro é em Luanda! Angola!!!!!

Anónimo disse...

Évora terceiro mundo.vergonha.

Anónimo disse...

isto é no camboja????!!! Sempre estou para ver se ninguem faz nada até ao fim do mandato deste incompetente. conseguiu deixar a cidade numa autentica calamidade sem ponta por onde se lhe pegue.

Anónimo disse...

Por todo o país há feiras e mercados: fazem parte da tradição e, desculpem-me os que estão contra, têm lugar normalmente nos rossios.
Será que quem aqui vem dizer que é terceiro mundo diria o mesmo da feira de Carcavelos ou da de Cascais onde as tias vão comprar as TShirts, os polos, as parcas, as botas, as paschminas... e tudo aquilo que de que os piquenos necessitam.
Acho, francamente, que dizer mal da feira no rossio é bacoquismo, é tacanhês.
A malta adora andar a ver a trapagem, mesmo que seja de pessima qualidade.
Quanto às contrafacções: Então a ASAE de Évora anda a fazer o quê?
Quanto ao lixo: A Camara faz o quê?

Évora Deluxe disse...

Não coloco em causa, nem me passou pela cabeça proibir ou censurar, a existência de feiras e mercados. A questão é a forma, o local e as condições. Em primeiro lugar, o Rossio de S. Brás já não é um espaço limítrofe, como o era há quarenta ou cem anos atrás. O Rossio está, hoje, no coração da cidade e é, para todos os efeitos e sob todos os primas, um local central (com todas as implicações, até de trânsito, que estão subjacentes a essa centralidade). Merece, por isso, ganhar uma nova dignidade e acolher uma nova função. Disfarçar o óbvio é a forma mais fácil de deixar o espaço entregue às moscas e de promover a inacção.

Em segundo lugar, a forma e as condições em que o mercado ali se realiza são abjectas. Roçam a imundice. Já era tempo de se arranjar um espaço exterior (limítrofe), como acontece em muitas outras cidades, que acolhesse em melhores condições aquele tipo de actividades.

Anónimo disse...

Se o comércio "tradicinal" do centro histórico acabasse de vez, não vinha nenhum mal ao mundo. Podia ser que as pessoas de évora deixassem de ter que ir fazer as suas compras a Lisboa. O que vale é que, com a auto-estrada, se demora pouco mais que uma hora. A despesa compensa largamente.

Anónimo disse...

Não sei quem é mais cretino - se quem criou este blog, se quem nele faz comentários.

Anónimo disse...

19 de Novembro de 2008 10:20

HEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHEHE

Ficastes incomodado pá? É natural vindo donde vem o vomentário!

Porreiro pá!

Évora Deluxe disse...

Se mais nenhuma conclusão retirar desta iniciativa (que não vai acabar, estejam descansados), retirarei já esta: é curiosa e até hilariante a forma como tanta gente se preocupa em criticar a forma e não faz o mínimo esforço (intelectual) para apresentar um só argumento razoável, fundamentado, interessante sobre os temas em apreço.

O facciosismo, por um lado, o medo, por outro e, finalmente, a tacanhez de certos comentários (felizmente há contribuições válidas e construtivas) dão uma imagem do que é a massa crítica desta minha cidade e a forma como a participação cívica é exercida.

MacGuffin disse...

Eu pergunto outra coisa: por que carga de água perde o seu tempo com estas «iniciativas»? Pelo que tem escrito, parece-me ser de Évora. Pelo objectivo deste blogue já me parece que não deve ser de Évora. Já deveria ter percebido que esta cidade - linda, histórica, poética, altiva - não merecia esta gentinha que mais não faz do que servir o partido, as simpatias políticas, os amiguinhos ou os interesses nos poderes instalados e, claro, as suas próprias frustrações (e que frustrações, Senhor!).

Vá por mim: daqui a 3 ou 4 gerações pode ser que passemos da merda para o sofrível. Até lá, não se chateie e saia daqui sempre que puder (para o estrangeiro de preferência...)